segunda-feira, abril 22, 2013

Mutirão Carcerário analisou 70% dos processos de presos condenados.

Cerca de 70% dos processos referentes a presos condenados foram analisados pelo Mutirão Carcerário 2013, realizado no Rio Grande do Norte. Iniciado no dia 2 de abril e previsto para ser concluído na sexta-feira, 3 de maio, o trabalho coordenado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com apoio do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) conta com a participação de juízes auxiliares do Conselho, juízes estaduais, promotores, advogados, servidores e defensores públicos.

Segundo Esmar Custódio Vêncio Filho, juiz auxiliar do CNJ e membro do TJ de Tocantins, o mutirão está “com um volume de processos já examinados acima do previsto para este momento” e, ele acredita que será possível encerrar a análise dos feitos “nesses nove dias úteis que faltam, tempo suficiente para a conclusão do mutirão”.

Esmar Custódio, até a manhã de hoje (22), visitou 21 unidades prisionais no estado. O que mais chama a atenção durante o trabalho é, segundo ele, o abandono em relação a questão da saúde dos presos. Custódio lembra que não há atendimento médico, nem de urgência, além da falta de itens básicos de higiene como sabonete e pasta de dente. Tampouco existe planejamento para a prevenção de doenças infectocontagiosas como tuberculose e hepatite, nos locais de cumprimento de penas, que “são quentes, úmidos, abafados, com pessoas amontoadas e insalubres”.

No relatório preliminar da equipe, foram apontadas 16 irregularidades. Além da superlotação, existente em quase todos os prédios, uma que despertou os inspetores do CNJ foi a falta de espaço para o banho de sol. “Não é para os presos se bronzearem e sim, trata-se de uma questão de saúde, para evitar doenças”, explica o juiz auxiliar do Conselho Nacional de Justiça. Outro fato recorrente é a inexistência de área para visitas em delegacias que servem como locais de custódia de presos.

Com informações da Assessoria/TJRN

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